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Como lidar com essa geração tão conectada?

Como lidar com essa geração tão conectada?




As tecnologias da informação e comunicação estão transformando o mundo à nossa volta e os comportamentos e relacionamentos de todas as pessoas e trazem benefícios e malefícios que podem ser esclarecidos para as famílias, crianças e adolescentes.

 

Como os pais devem lidar com a tecnologia digital?

 

Há benefícios e malefícios que devem ser esclarecidos pelo pediatra para as famílias, crianças e adolescentes. As tecnologias da informação e comunicação estão transformando o mundo à nossa volta e os comportamentos e relacionamentos de todas as pessoas.

 

Quais as mudanças mais visíveis?

 

Crianças e adolescentes fazem parte da geração digital e usam os dispositivos, aplicativos, videogames e a Internet cada vez mais em idades precoces e em todos os lugares. Alguns dos pais também nativos digitais e não percebem as mudanças ou problemas que vão surgindo, como se tudo já fosse parte da rotina familiar.

 

As novas tecnologias podem causar danos à saúde?

 

Sim. Os danos à saúde podem ser resumidos, como: crianças e adolescentes já viram alguém ser discriminado na Internet; foram expostas a discursos de ódio, intolerância e violência; foram tratados de forma ofensiva na internet, caracterizando cyberbullying; deixaram de comer ou dormir por causa da internet; procuraram informações sobre formas de emagrecer ou formas para machucar a si mesmo (self-cutting) ou relataram formas de experimentar ou usar drogas e formas de cometer suicídio. Outros danos podem ser obesidade, diminuição da acuidade visual e auditiva, olhos secos, lesões de esforço de repetição, síndrome da fadiga crônica, dificuldade de aprendizado, atraso do desenvolvimento da fala.

 

Qual a orientação para as famílias?

 

O tempo de uso diário ou a duração total/dia do uso de tecnologia digital deve ser limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento cerebral-mental-cognitivo-psicossocial das crianças e adolescentes;

· Desencorajar, evitar e até proibir a exposição passiva em frente às telas digitais, com exposição aos conteúdos inapropriados de filmes e vídeos, para crianças com menos de 2 anos, principalmente, durante as horas das refeições ou 1 a 2h antes de dormir;

· Limitar o tempo de exposição às mídias ao máximo de 1 hora por dia, para crianças entre 2 a 5 anos de idade. Crianças entre 0 a 10 anos não devem fazer uso de televisão ou computador nos seus próprios quartos. Adolescentes não devem ficar isolados nos seus quartos ou ultrapassar suas horas saudáveis de sono à noite, respeitando as fases de crescimento e desenvolvimento cerebral e mental;

· Estimular atividade física diária por uma hora;

· Crianças menores de 6 anos precisam ser mais protegidas da violência virtual, pois não conseguem separar a fantasia da realidade. Jogos online com cenas de tiroteios com mortes ou desastres que ganhem pontos de recompensa como tema principal, não são apropriados em qualquer idade, pois banalizam a violência como sendo aceita para a resolução de conflitos, sem expor a dor ou sofrimento causado às vítimas, contribuem para o aumento da cultura de ódio e intolerância e devem ser proibidos;

· Estabelecer limites de horários e mediar o uso com a presença dos pais para ajudar na compreensão das imagens. Equilibrar as horas de jogos online com atividades esportivas, brincadeiras, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza;

· Conversar sobre as regras de uso da Internet, configurações para segurança e privacidade e sobre nunca compartilhar senhas, fotos ou informações pessoais ou se expor através da utilização de webcam com pessoas desconhecidas, nem postar fotos íntimas ou nudes, mesmo com ou para pessoas conhecidas em redes sociais;

· Monitorar os sites/programas/aplicativos; filmes e vídeos que crianças e adolescentes estão acessando/visitando/trocando mensagens, sobretudo em redes sociais. Manter os computadores e os dispositivos móveis em locais seguros, e ao alcance das responsabilidades dos pais (na sala) ou das escolas (durante o período de aulas);

· Usar antivírus, antispam, antimalware e softwares atualizados ou programas que servem de filtros de segurança e monitoramento para palavras ou categorias ou sites. Alguns restringem o tempo de uso de jogos online e o uso de aplicativos e redes sociais por faixa etária. Ainda assim, é importante explicar com calma e sem amedrontar as crianças e adolescentes sobre quais são os motivos e perigos que existem na Internet;

· Aprender e ensinar a bloquear mensagens ofensivas ou inapropriadas, redes de ódio, violência ou intolerância ou vídeos com conteúdo sexual e como denunciar cyberbullying em helplines ou através da SAFERNET ou disque-denúncia 100;

Conversar sobre valores familiares e regras de proteção social para o uso saudável, crítico, construtivo e pró-social das tecnologias usando a ética de não postar qualquer mensagem de desrespeito, discriminação, intolerância ou ódio.

 

Quais as recomendações para os pais?

 

Conversar com seus filhos sobre a Internet e também sobre as redes sociais e quais os sites que são mais apropriados, de acordo com o desenvolvimento e a maturidade de cada um, compartilhando o uso positivo das tecnologias digitais com seus filhos nas tarefas de rotina ou lazer, mas sem invadir os espaços e as mensagens de cada um. Fazer uma lista de sites recomendados, conversar sobre os perigos e riscos da Internet ou encontros com pessoas desconhecidas em redes sociais ou fora delas;

· Verificar a classificação indicativa para games, filmes e vídeos e conteúdos recomendados de acordo com a idade e compreensão de seus filhos, em normas técnicas e guias práticos para todas as famílias e também acessíveis online;

· Estabelecer regras e limites bem claros e “concordantes” entre todos sobre o tempo de duração em jogos por dia ou no final de semana; e sobre a entrada e permanência em salas de bate-papo, em redes sociais ou durante os jogos de videogames online. Não fornecer cartões de crédito de uso pessoal;

· Discutir francamente qualquer mensagem ofensiva, discriminatória, esquisita, ameaçadora ou amedrontadora, desagradável, obscena, humilhante, confusa, inapropriada ou que contenha imagens ou palavras pornográficas ou violentas, típicas das redes de intolerância ou ódio e como fazer para bloqueá-la;

· Recomendar às crianças e adolescentes que jamais forneçam sua senha virtual a quem quer que seja, nem aceitem brindes, prêmios ou presentes oferecidos pela Internet, assim como também jamais ceder a qualquer tipo de chantagem, ameaça ou pressão de colegas ou de qualquer pessoa online;

· Evitar postar fotos de seus filhos para pessoas desconhecidas ou público em geral;

· Aprender sobre os meios de configuração de privacidade e selecione como enviar fotos, vídeos ou mensagens. Existem vários sites e aplicativos que ensinam sobre segurança online;

· Criar tempo para ser pai, mãe, avô, avó, tio/tia, madrinha/padrinho sem o uso das tecnologias;

· Planejar as refeições sem o uso de equipamentos à mesa. Planejar atividades de finais de semana ou férias fora e longe do wifi ou de computadores e celulares; ou limitar o tempo de uso para 1 a 2h/dia para todos;

· Praticar atividades ao ar livre e em contato com a natureza para prevenção da saúde física e mental/comportamental de todos da família;

· Brincar mais com os filhos, de maneira interativa, olhando, abraçando, sendo parceiro e estando ao lado deles sempre que precisar, supervisionando e construindo uma relação de confiança;

· Participar das atividades da escola e da comunidade e criar redes de proteção e segurança online com amigos e conhecidos para todas as crianças e adolescentes de sua vizinhança ou de seu bairro ou na sua cidade;

Lembrar sempre que você como adulto, pai ou mãe, e, com a convivência diária, se torna referência para seus filhos. Portanto, deve dar o primeiro exemplo, limitando o seu tempo de trabalho no computador, quando estiver em casa, desconectar e estar presencialmente com seus filhos.

 

Quais as recomendações para crianças e adolescentes?

 

Nas telas do mundo digital tudo é produzido como fantasia e imaginação para distrair ou afastar do mundo real: não se deixe enganar no mundo virtual;

· Desconfie de mensagens esquisitas ou confusas. Aprenda a bloquear mensagens ofensivas ou que zombem de você;

· A senha é só sua, não a compartilhe com ninguém, exceto seus pais que são os responsáveis legais por você até completar os 18 anos;

· A Internet é um espaço público e as mensagens trocadas ficarão para sempre gravadas e accessíveis, como uma impressão digital;

· Preste atenção para não adicionar pessoas desconhecidas e jamais marque encontros com pessoas estranhas ou conhecidas apenas pela Internet. Cuidado ao utilizar a webcam, evite a exposição se você estiver sem roupas, no seu quarto ou sozinho em qualquer lugar;

· Prêmios, ofertas em dinheiro ou presentes de viagens podem ser ciladas. Surpresas e mágicas online são muitas vezes falsas: desconfie!

· Assuma a sua identidade, sem criar avatares, heróis ou inimigos que nem existem, ou só existem em sua imaginação: você pode se machucar. Fique alerta aos desafios ou confrontos que podem terminar em problemas sérios, colocando sua vida em risco;

· Seja respeitoso online e trate os outros como gostaria de ser tratado: você merece respeito de todos também;

· Evite repassar mensagens que possam humilhar, ofender, zombar ou prejudicar o destinatário;

· Crescer e construir o seu corpo precisa de horas de sono e alimentação balanceada e saudável. Se você estiver se sentindo cansado, sonolento, com fome ou sem apetite, ou com dor de cabeça, nas costas, nos olhos ou nos ouvidos, desligue o seu celular ou seu computador, converse com seus pais e consulte seu médico pediatra;

Sempre é bom ter mais cuidados de saúde e você é responsável por sua saúde física e mental. Lembre-se de que para ser um adulto melhor e capaz, é preciso socialização, conversa e reflexão.

Fonte: SBP – Hábitos Saudáveis – www.pediatriaparafamilias.com.br

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